PRA MINHA ESPOSA
Nessa linda flor rosada,
guardada abaixo do bem-querido ventre,
na floração do nosso amor,
da minha recebeu o pólen.
Dois rebentos da união brotaram,
frutos desse amor encantado.
Ao aconchego do meu orgulhoso peito agora,
é trazida minha família muito amada,
num abraço apertado e carinhoso.
sábado, 19 de novembro de 2011
DOCE VISÃO
DOCE VISÃO
Na doceria,
ela é um docinho...
Deborah?! Adivinhei o seu nome?
Presumi pela correntinha
enfeitando o pescoço.
Um pingente dourado
como seus cabelos,
na forma da letra D
adornava o seu peito.
Sorriso de nuvens bem branquinhas,
suspiro num céu claro, todo azul.
Olhos de mel,
lábios de chocolate.
Huuummm! Doce deleite,
a imagem que ela mostrou
para mim, abobalhado.
Foi embora, ciente do meu olhar açucarado.
Pipocas, esqueci do sorvete!
Derreteu e não aproveitei.
sábado, 29 de outubro de 2011
A MENINA DO PORTO
A MENINA DO PORTO
A menina do porto encontrou o seu homem
seguindo o rastro do sol no amanhecer.
E num momento único deu a ele as suas mãos
e ofereceu o seu corpo.
Eis me aqui! Dança comigo?
Voe, me acompanhe, sou poetisa e pássaro,
sem pecado e sem culpa.
És o lobo do mar ancorando no meu peito.
Dispa-me e vem brincar comigo. Quero-te agora.
Marca o meu coração como uma tatuagem
e ocupe o seu lugar no coração dessa sonhadora menina.
Essa minha vontade de te amar agora
me deu asas e marcou tua presença em mim.
Provocou essa ousadia urgente de te amar.
Assim, desse jeito, com sentimento de uma única vez,
quero me entregar sem arrependimento.
O prazer me faz chorar sem constrangimento,
e derramar lágrimas por ter você aqui dentro.
Se eu pudesse viveria para sempre esse amor cigano,
navegando sonhadora, pelos mares e pelas nuvens,
num momento único, fazendo um rapel nas estrelas.
Viajando juntos nesse momento,
você libertou a borboleta enclausurada
que se transformou numa mulher,
devassa, insana, selvagem e erótica,
domadora, dominadora, que oferece os seios
como uma armadilha para conquistar alvo do seu amor
e deixar impregnado nele todo o seu odor.
E, juntos, nesse encontro de sexo,
um passeio pelo orgasmo,
para se conhecer melhor.
Assim como a fêmea que sente a necessidade do macho,
pede, sem pudor, e mostra todos os seus argumentos
e tentações que pode oferecer.
Vai e volta, agora eu sou a sua mulher.
LEMBRANÇA DO SAUDOSO NETO
LEMBRANÇA DO SAUDOSO NETO
Viviam lá, no meio do mato, eles e um cãozinho,
uma vida feliz, construída com amor e união.
Muitos passarinhos iam sempre visitar o seu cantinho,
para comer de manhãzinha, as migalhas do pão,
que lhes jogavam com muita satisfação.
Quando o sol se despedia com a algazarra da passarada,
a luz do candeeiro lhes era bastante àquela hora,
iluminando o suficiente aos afazeres e mais nada,
enquanto a noite e a imensidão de estrelas não iam embora.
O tempo, por lá, deu um longo passeio, um estirão.
Dava a impressão que os ponteiros do relógio
diziam as horas ao compasso do seu coração.
A tristeza foi companheira quando vieram para a cidade.
Quando a história bem vivida, sucumbiu ao marasmo doentio,
até que a morte levou meus queridos avós,creio, por piedade.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
PLENITUDE
PLENITUDE
Agora eu compreendi.
A estrela não é você,
tampouco eu isoladamente.
Somos os dois.
Conjunção da mulher e do homem
deitados no firmamento
em harmonioso pensamento.
Conspiração do amor e desejo,
de licores e cheiros.
Uma constelação luzente, assim de repente.
A constatação de que o prazer
é a complementação do querer pelo receber.
QUELUZ
QUELUZ
Já vinham há algum tempo
caminhando bem juntinho,
pintando um quadro de encantamento,
o rio e os trilhos do trenzinho.
Até que o comboio preguiçoso,
atravessou a ponte com o sol à meia-luz
eis que o riozinho tem o dever gostoso
de banhar a beleza das mulheres de Queluz.
E lá fomos, eu e minha bela ao lugar incomum,
que até parecia estar em festa,
com a água bordando de branco, na orla das pedras, um debrum.
Um coro de passarinhos certamente tinha a intenção,
assim como as garças sobrevoando o serpenteante riozinho,
de encher os nossos corações de carinho e emoção.
domingo, 2 de outubro de 2011
CAIXA DE PANDORA
CAIXA DE PANDORA
A mulher foi um presente
que o homem dos deuses recebeu,
e tudo mudou assim de repente,
o paraíso em que vivia enlouqueceu.
Ganhou de Minerva a vida
e, também, a arte dos encantos.
Vênus lhe deu a beleza,
o desejo indomável.
Os demais, a voz suave,
o poder de persuasão e outros tantos:
artimanha, sedução e vaidade inigualável.
Recebeu por tudo isso,
o que o homem hoje adora,
por significar o poder de todos os dons,
o nome apropriado de Pandora.
Ao homem, no baú que ela trouxe
do Olimpo como presente,
e que, por curiosidade,
fez abrir e espalhar o conteúdo,
para não sucumbir aos malefícios,
restou a esperança, felizmente.
A mulher foi um presente
que o homem dos deuses recebeu,
e tudo mudou assim de repente,
o paraíso em que vivia enlouqueceu.
Ganhou de Minerva a vida
e, também, a arte dos encantos.
Vênus lhe deu a beleza,
o desejo indomável.
Os demais, a voz suave,
o poder de persuasão e outros tantos:
artimanha, sedução e vaidade inigualável.
Recebeu por tudo isso,
o que o homem hoje adora,
por significar o poder de todos os dons,
o nome apropriado de Pandora.
Ao homem, no baú que ela trouxe
do Olimpo como presente,
e que, por curiosidade,
fez abrir e espalhar o conteúdo,
para não sucumbir aos malefícios,
restou a esperança, felizmente.
OCÊ VAI CASÁ CUMIGU?
OCÊ VAI CASÁ CUMIGU?
Naquele dia que nos fomo festejá
pra modi comemorá o São João.
Aquela muié bunita quinem a santa
mi arrastô toda afoita pro meio do arraiá.
Deixei um par de vala lá na terra
qui não era pra mó di plantá semente não,
foi meus dois pé de sapato que riscaro assim o chão.
Ieu, fingia qui num quiria,
mas impurrava o corpo im frente
prela num disistí e mi deixa quinem bobão.
Meu coração estava aos pulo,
mas acho qui era pra mó di dá conta da emoção.
Tirava o chapéu da cabeça
pra ocupá a minha mão,
mas botava lá dinovo e
a otra logo tamem pegava, pra num ficá vazia não.
Quando os meus braço incabuladu
si inchero de valentia
e abraçaro todo aquele corpão,
num quiria era largá mais não.
Nem ouvia as música acabá,
tava lá garrado quinem erva di Passarim.
E apesar dus pulo qui ela dava,
qui eu pensava qui era seu jeitin di varsá,
tava mais é saino fora
dus meu pisão no seu dedão.
Até qui a moça mostranu pru qui veio,
foi logo dano o seu jeito
di mi puxá lá prum canto,
pra modi nois acertá uns tratamento,
mas foi logo preguntano,
já qui eu tava dano trela,
si eu ia mi casá cum ela.
Du jeito qui eu tava,
Adispois qui intrei na dança,
prumeti inté o qui eu sei
a minha mão num arcança,
mas pelo menos apruveitei
toda a gostosura da festança.
Naquele dia que nos fomo festejá
pra modi comemorá o São João.
Aquela muié bunita quinem a santa
mi arrastô toda afoita pro meio do arraiá.
Deixei um par de vala lá na terra
qui não era pra mó di plantá semente não,
foi meus dois pé de sapato que riscaro assim o chão.
Ieu, fingia qui num quiria,
mas impurrava o corpo im frente
prela num disistí e mi deixa quinem bobão.
Meu coração estava aos pulo,
mas acho qui era pra mó di dá conta da emoção.
Tirava o chapéu da cabeça
pra ocupá a minha mão,
mas botava lá dinovo e
a otra logo tamem pegava, pra num ficá vazia não.
Quando os meus braço incabuladu
si inchero de valentia
e abraçaro todo aquele corpão,
num quiria era largá mais não.
Nem ouvia as música acabá,
tava lá garrado quinem erva di Passarim.
E apesar dus pulo qui ela dava,
qui eu pensava qui era seu jeitin di varsá,
tava mais é saino fora
dus meu pisão no seu dedão.
Até qui a moça mostranu pru qui veio,
foi logo dano o seu jeito
di mi puxá lá prum canto,
pra modi nois acertá uns tratamento,
mas foi logo preguntano,
já qui eu tava dano trela,
si eu ia mi casá cum ela.
Du jeito qui eu tava,
Adispois qui intrei na dança,
prumeti inté o qui eu sei
a minha mão num arcança,
mas pelo menos apruveitei
toda a gostosura da festança.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
FOTOGRAFIA
FOTOGRAFIA
A luz do sol matinal acariciando o seu rosto,
um motivo inocente para olhar,
um motivo relevante para lembrar,
um motivo excitante para desejar.
POÇÃO DO AMOR
POÇÃO DO AMOR
Mexe, mexe,
o seu caldeirão,
mistura o conteúdo fumegante
cheio de amor e paixão.
Mexe direitinho
como você sabe fazer,
com minha vibrante
varinha de condão,
vou dar o trato necessário
para fazermos a poção do amor,
quente e forte,
para nossa união aquecer.
domingo, 11 de setembro de 2011
IMAGINAÇÃO
IMAGINAÇÃO
Beijei a boca de lábios carnudos
abertos como uma flor.
Com o excitamento em explosão,
afaguei os seios com minha mão
e realizei o meu sonho,
pelo menos na imaginação.
IMAGEM RETIRADA DA INTERNET
A BUSCA
A BUSCA
As cores e os sabores,
o calor e o frio,
silêncio e o barulho,
verdadeiro e falso,
o bem e o mal.
Antagonismo sempre presente,
o começo e o fim,
a sensação de que falta
faz procurar encontrar.
A raiz cresce em direção à umidade,
a copa em direção ao sol.
De cobiça em cobiça
vive-se todo instante,
sempre sentindo que não tem
procura-se preencher essa falta
que se transforma em prazer,
dor, necessidade, desgosto,
esperança, ora fraqueza
ora muita força.
Agir como besta ou anjo
variando a intensidade
em múltiplas formas
de desejo e recusa.
IMAGEM DA INTERNET
As cores e os sabores,
o calor e o frio,
silêncio e o barulho,
verdadeiro e falso,
o bem e o mal.
Antagonismo sempre presente,
o começo e o fim,
a sensação de que falta
faz procurar encontrar.
A raiz cresce em direção à umidade,
a copa em direção ao sol.
De cobiça em cobiça
vive-se todo instante,
sempre sentindo que não tem
procura-se preencher essa falta
que se transforma em prazer,
dor, necessidade, desgosto,
esperança, ora fraqueza
ora muita força.
Agir como besta ou anjo
variando a intensidade
em múltiplas formas
de desejo e recusa.
IMAGEM DA INTERNET
terça-feira, 23 de agosto de 2011
ONOMATOPEIA
ONOMATOPEIA
Ping, ping, ping, ping
tanto bate até que fura;
ploc, ploc, ploc, ploc
cai na água e se espalha;
tic-tac, tic-tac, tic-tac
eu não consigo pegar no sono;
ring, ring, ring, ring
alguém tá me chamando;
toc, toc, toc, toc
vem de lá o perna de pau;
chup, chup, chup, chup
tá gostosa esta chupeta;
chlap, chlap, chlap, chlap
o meu sorvete também tá;
blá, blá, blá, blá, blá, blá
e não cala a matraca;
piuí, piuí, piuí, piuí
quem se lembra do trenzinho;
dá, dá, dá, dá, dá, dá
o neném ta querendo;
au, au, au, au, au
tô aprendendo a latir;
ping-pong, ping-pong, ping-pong
fica com a bola que eu não quero;
snif, snif, snif, snif
manda logo a tristeza embora;
rá, rá, rá, rá
agora sim, tá bem melhor.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
FAZER AMOR É...
Fazer amor é...
Cada vez um momento único,
sempre diferente.
Aproveitar-se das delícias do sexo.
Entregar e receber
o estímulo cobiçado
e a resposta excitada.
Usufruir da carne
preparada
com prazer
e desejo,
ao ponto de delírio.
Então,
quase desfalecer,
esgotado, relaxado,
e se sentir muito feliz
por amar e ser amado.
DE VOLTA PRA MIM
DE VOLTA PRA MIM
Saudade me traz,
saudade não leva
a flor que ficou,
o amor que morreu.
Tudo acabado,
saudade levou,
saudade meu bem,
saudade se foi,
deixou essa dor,
saudade da vida
do seu beijo também.
Saudade me traz
um tanto de esperança,
e de volta, no sonho
emergem recordações.
Eu espero você
pra perder a saudade.
Eu achei meu amor,
de volta pra mim,
mais amado, enfim.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
LINDA FLOR
LINDA FLOR
Eu acho que sonhei, ou não?
Despertei hoje cedo
recebendo o carinho de uma flor
que, irretocável, habita a minha janela
por onde eu vejo o mundo,
jardins que a outros pertencem,
corpos celestiais e outras coisas mais.
E mesmo que procure, eu sei,
em nenhum lugar
a perfeição encontra par.
Delicada , frágil, linda, me acenava ao sopro da brisa
agradecendo ao seu afortunado jardineiro
por dela cuidar tão bem,
devotando-lhe o meu amor.
Surpreso eu fiquei ,
porque, era eu quem deveria estar ali,
agradecido pelo simples fato
de ela e toda essa harmonia existirem.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
JANELA
JANELA
Debruçado na janela dos meus olhos
eu vejo nosso ninho de amor.
Olhando pela janela dos meus sonhos,
ah! Como é bom viver e continuar esse amor!
Olhando através da janela do passado,
vivo procurando alguma coisa
que eu poderia ter mudado,
que deveria ter vivido
ou devesse ter esquecido.
Olhando pela janela do futuro,
cheio de esperança,
eu só procuro, consciente das minhas limitações,
encontrar, naquele escuro,
nossas mãos entrelaçadas, caminhando
embaladas pelo amor.
BALZAQUIANA
BALZAQUIANA
Essa mulher balzaquiana,
com ares de Morgana,
que me encanta
e reina soberana
nas tramas desse drama,
atiça o fogo dessa chama
alimentada e inflamada
pelo desejo de tê-la
em meus braços,
nua e apaixonada,
sobre os lençóis da minha cama.
terça-feira, 19 de julho de 2011
OBJETO DE DESEJO
OBJETO DE DESEJO
Eu sei.
eu sei?
Não sei!
Não duvido que queira
a minha boca.
Meus lábios também querem
ser devorados.
Uma só,
querendo se entregar,
ser explorada.
Um homem experiente,
para marcar a sua fêmea
escolhida, decidida, atrevida.
Ficará para sempre
acariciando
todo o meu corpo,
e o meu eu,
colada,
enlaçada,
contemplada,
esperando, molhada,
eriçada, desejada,
bem amada,
completamente conquistada,
protegendo o que lhe pertence,
assim como eu, também,
sonhando, quase delirando.
Morre de desejo
de da minha fazer presa,
sorrateira,
da sua boca,
perseguida,
querendo ser beijada.
Um só,
desejando se entregar,
ser explorado.
Mulher competente,
para prender o seu macho
escolhido, seduzido, assumido.
que ficará para sempre
enredado pelo
instrumento do meu prazer
no meu corpo,
e no meu eu.
Esgotar
a minha libido,
acariciado,
envolvido,
consumido,
retribuindo,
dissoluto,
regalado,
completamente realizado,
eu desejo.
Eu sei.
eu sei?
Não sei!
Não duvido que queira
a minha boca.
Meus lábios também querem
ser devorados.
Uma só,
querendo se entregar,
ser explorada.
Um homem experiente,
para marcar a sua fêmea
escolhida, decidida, atrevida.
Ficará para sempre
acariciando
todo o meu corpo,
e o meu eu,
colada,
enlaçada,
contemplada,
esperando, molhada,
eriçada, desejada,
bem amada,
completamente conquistada,
protegendo o que lhe pertence,
assim como eu, também,
sonhando, quase delirando.
Morre de desejo
de da minha fazer presa,
sorrateira,
da sua boca,
perseguida,
querendo ser beijada.
Um só,
desejando se entregar,
ser explorado.
Mulher competente,
para prender o seu macho
escolhido, seduzido, assumido.
que ficará para sempre
enredado pelo
instrumento do meu prazer
no meu corpo,
e no meu eu.
Esgotar
a minha libido,
acariciado,
envolvido,
consumido,
retribuindo,
dissoluto,
regalado,
completamente realizado,
eu desejo.
BEIJO NA BOCA
BEIJO NA BOCA
Receber um bom dia
com beijo na boca
é a glória.
Tudo que preciso
para encher o meu peito
de energia e alegria.
A sua ação flamifervente
me instiga viver o dia
e mais assanha se ela me dá
e demonstra sentir a retribuição
com o mesmo valor e emoção.
É o êxtase, plena satisfação.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
NA GAIOLA
NA GAIOLA
Pobre canarinho!
Prisioneiro no pequeno recinto,
na gaiola se balançando.
Sempre amanhece cantando,
respeitando o seu instinto.
Garboso, enche o peito
e entoa o seu canto.
Pobre canarinho!
Quem sabe, canta um melancólico lamento?
Mas faz isso sempre, não tem jeito.
Na angústia da sua solidão,
seu canto fica cada vez mais triste.
Pobre canarinho!
Apesar de tudo, não desiste.
É antagônico o meu prazer de ouvir cantar
a linda melodia de seu coraçãozinho triste,
chamando uma resposta que jamais vai encontrar.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
BRASILEIRINHOS
BRASILEIRINHOS
É...
Futuros brasileirinhos,
querem saber?
Não mostrem suas caras,
apesar da sugestão do poeta Cazuza.
Viver está difícil neste país!
A luz a que serão dados
já não tem tanto brilho,
onde se leva a vida por um fio
ou,
onde se leva a vida por vários fios.
É...
Futuros fantoches verde e amarelo.
terça-feira, 21 de junho de 2011
AONDE ESTOU?
AONDE ESTOU?
Oi, querida!
Sim, eu quero
realizar o teu desejo
e entregar o meu corpo ao teu.
Receber a tua boca
que a minha quer saber.
Oi, querida!
A distância não me impede
de sentir teu corpo aqui,
ao alcance dos meus toques,
do carinho das minhas mãos,
para satisfazer a tentação.
Oi, Querida!
Eu também quero.
Vem pra mim
desse jeito,
como eu quero ter
e o teu gosto conhecer.
Oi, querida!
Também não gosto desse jeito.
Quero te possuir inteira,
em qualquer lugar,de qualquer maneira.
Oi, querida!
Como é bom ficar assim.
Ouvindo-te murmurar e gemer
em arroubos de prazer.
Oi, querida!
O tempo para
se me prendes em tuas garras,
se me aqueces em teus seios
e me alimentas do teu néctar.
Querida,
sinto sim, teu corpo vibrar,
estremecer,
tua boca procurar
e todo o meu desejo encontrar.
Oi, querida!
Venha, em plena entrega.
Junta teu tesão com o meu,
para numa explosão de prazer
a união perfeita acontecer.
Minha querida,
Estou dentro de ti.
OS MEIOS
OS MEIOS
Os meios
justificam
os fins.
Por isso,
nem sei
se você
tirou
o chapéu
ou continuou
com
os sapatos.
Melhor,
nem sei,
é certo,
se você
estava
usando
chapéu
ou
se
estava
descalça.
Naquele
momento
não
estava
preocupado
com
a
periferia.
Os meios
justificam
os fins.
Por isso,
nem sei
se você
tirou
o chapéu
ou continuou
com
os sapatos.
Melhor,
nem sei,
é certo,
se você
estava
usando
chapéu
ou
se
estava
descalça.
Naquele
momento
não
estava
preocupado
com
a
periferia.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
FORRÓ DANADO DI BÃO
FORRÓ DANADO DI BÃO
Naquele dia que nos fomo festejá
pra modi comemorá o São joão.
Aquela muié bunita quinem a santa
mi arrastô toda afoita pro meio do arraiá.
Deixei um par de vala lá no chão
qui não era pra modi plantá semente não,
foi meus dois pé dos sapato que riscaro assim a terra.
Eu, fingia qui num quiria,
mas impurrava o corpo im frente
prela num disistí i mi deixá quinem bobão.
Meu coração estava aos pulo,
mas acho qui era pra modi dá conta da emoção.
Tirava o chapéu da cabeça
pra ocupá a minha mão,
mas botava lá dinovo
e a otra logo tamem pegava ele, pra num ficá vazia não.
Quando os meus braço incabuladu
si inchero de valentia
e abraçaro todo aquele corpão,
num quiria era largá mais não.
Nem ouvia as música acabá,
tava lá garrado quinem erva di passarim.
Pelos pulo qui ela dava,
eu pensava qui era seu jeitin di varsá,
mas ela tava mais é saino fora
dos meu pisão no seu dedão.
Até qui a moça rependida do seu feito,
foi logo dano o seu jeito
di mi trocá por outro cabra,
na esperança di continuá na distração.
O ARTISTA
O ARTISTA
Meu belo corpo nu
cintila como o brilho da pérola,
com sincero impudor.
Minhas formas graciosas
e provocantes
entram pelos seus olhos
e, pelas suas mãos,
são insculpidas na tela branca.
Quiçá fique minha imagem
gravada ,também, na sua lembrança,
para visitar a sua solidão,
esperança do meu desejo contido.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
PERFUME
PERFUME
O odor que cada corpo exala
tem uma finalidade natural.
Tomamos emprestado do que o produz
para manifestar uma intenção,
o estado de espírito.
Isso é fator essencial de cada um.
O perfume que se usa
é resultado da idéia
de que te pode auxiliar
na busca do desejo.
O odor que cada corpo exala
tem uma finalidade natural.
Tomamos emprestado do que o produz
para manifestar uma intenção,
o estado de espírito.
Isso é fator essencial de cada um.
O perfume que se usa
é resultado da idéia
de que te pode auxiliar
na busca do desejo.
OLHOS AZUIS
OLHOS AZUIS
Nossos caminhos se cruzaram,
e aqueles olhos azuis,
em contraste com os cabelos
e o vestido preto,
me fascinaram.
Todo o meu olhar
atraído pelo dela,
foi presa, em êxtase,
da beleza poderosa, indefectível,
e, sem querer fugir,
cicatrizou uma doce lembrança.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
A LUA
A LUA
A lua linda, perfeita, altaneira
impera nas noites quentes de verão.
banha de luar os seus domínios,
cheios de brilho e paixão.
Companheira das estrelas
e dos notívagos também,
alguns quando olham para ela e só enxergam
crateras e planícies extensas e desoladas,
um satélite que reflete a luz emprestada do sol.
Outros, por privilégio ou imaginação,
dedicam-lhe um olhar especial
e a vêem como um elemento mágico
que, em conluio com a natureza e os enamorados,
inspira os pensamentos poéticos e sonhadores
e além da penumbra se descortinam
seus anseios e seus amores.
UMA FLOR SEM SEMENTES
UMA FLOR SEM SEMENTES
Uma flor que eu plantei,
cresceu com vigor,
floresceu com uma beleza exuberante
e se transformou assim, de repente,
na preferida de meus olhos,
que de coisas belas estavam tão carentes.
Um dia, a linda flor que enfeitava meu jardim
feneceu, infelizmente.
Do breve tempo que aqui viveu,
restou a imagem que ficou em minha mente
e outra flor não nasceu em seu lugar.
Acho que as borboletas e as abelhinhas
não quiseram, invejosas, os seus óvulos fecundar.
Esperança ainda existe, que pela perfeita e pródiga
natureza venha a vingança e, por meio de bulbos,
da minha linda flor seja feita a herança.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
FRAGMENTOS
FRAGMENTOS
... A sabedoria do silêncio absoluto
é o que eu, às vezes, procuro alcançar.
Sei que está dentro de mim.
Encontrando, eu serei capaz de assumir quem eu sou...
...Injustiça seja feita,
eu não pretendo me defender... Eu não fiz,
estou em paz....
... O meu travesseiro sabe...
... E, por carência, a gente acaba aceitando
muita coisa que não deseja ...
... Mas não é em qualquer rosto
que eu vejo lágrimas como pérolas...
... E nada pior do que ficar tentando entender,
não entender nada e só piorar...
... Ah, era uma ilusão, nada mais!...
... Um empurrãozinho nas circunstâncias
talvez seja o que eu precise fazer
para que tudo que eu pretendo
possa definitivamente acontecer...
... Então eles juntaram suas águas
e correram depois em leito comum...
GOTAS DO CÉU
GOTAS DO CÉU
Caíram em seu rosto
duas gotas do céu.
Transformaram-se
em brilhantes estrelas
que refletem a luz
da tua alma.
Janelas do infindável
mundo subjetivo
do qual nem você sabe dizer.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
DOCE TORTURA
DOCE TORTURA
Tudo prende meus pensamentos em ti
como se mantém um pássaro na gaiola.
Mas assim como a ave que se liberta,
sobe ao céu, faz piruetas, brincando de divagar.
Vezes sem conta tento censurá-los,
mas escapam,
e vivo em fantasia.
Não consigo, não quero, me libertar desses grilhões
que me prendem.
Doce tortura pensar em ti, imaginar, desvairar, devanear,
sonhar...
Voar muito alto...
ORGIA
ORGIA
Que mulher é essa?
Que magia é essa que ela tem,
de me atrair assim,
como uma presa fácil,
indefesa, sem forças
e vontade de fugir?
Quem é essa mulher
que me deixa assim
com os neurônios em orgia,
ouvindo cantos e tambores
ecoando batuques ritmados?
Por que será que essa mulher
controla assim a minha mente
e me provoca uma vontade louca
de me deixar levar, ficar ausente?
Todo esse poder é teu, minha mulher.
Que mulher é essa?
Que magia é essa que ela tem,
de me atrair assim,
como uma presa fácil,
indefesa, sem forças
e vontade de fugir?
Quem é essa mulher
que me deixa assim
com os neurônios em orgia,
ouvindo cantos e tambores
ecoando batuques ritmados?
Por que será que essa mulher
controla assim a minha mente
e me provoca uma vontade louca
de me deixar levar, ficar ausente?
Todo esse poder é teu, minha mulher.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
PROGRESSO
PROGRESSO
Lá onde eu brincava
corria feliz e saltava,
nas águas do rio
de água limpa e fresca,
na poeira da terra,
vivi as primícias
da minha história.
O asfalto pintou
com a quentura do preto
e transformou,
trabalho funesto,
o paraiso onde eu adorava viver.
O progresso mundano
sujou, maltratou e acabou.
terça-feira, 5 de abril de 2011
ESCORPIÃO
ESCORPIÃO
Ela veio, linda,
vestida somente com a beleza
e a penugem natural,
além da tatuagem
com a figura de escorpião
em minha homenagem,
gravada à esquerda
do gracioso púbis.
VÊNUS
VÊNUS
Assim como Vênus
deixa o crepúsculo,
caminha com a lua
e se vai antes do sol;
como o sonho antecede a razão,
uma flor veio antes da primavera,
enfeitou a vida num instante,
bela, fugaz e muito marcante,
e se foi, simplesmente.
sábado, 26 de março de 2011
JUVENTUDE E VELHICE
JUVENTUDE E VELHICE
Da jovem mulher o seio pontudo,
do homem o falo também,
vivem alertas, apontando para o céu.
Quando perdem o viço, porém,
insistem em ficar molengas,
indicando sempre o chão.
Da jovem mulher o seio pontudo,
do homem o falo também,
vivem alertas, apontando para o céu.
Quando perdem o viço, porém,
insistem em ficar molengas,
indicando sempre o chão.
NÓS E A LUA
NÓS E A LUA
Quando a lua se levanta
lá no horizonte
e derrama sobre a aldeia
a luz pálida e convidativa,
já encontra minha doce moreninha
esquentando a nossa rede,
só pensando em namorar.
O cabelo cheirando a flores,
a cabeça cheia de amores,
o corpo todo rijo e sedoso,
incitado pelo clima à beira-mar,
inflamado de paixão.
Quando a lua, então, se alteia,
a gente está se amando.
Acho até que é essa a razão
de ela chegar assim, apressada,
empurrando o crepúsculo sonolento.
Toda noite penetra aqui, indiscreta e sorrateira,
pelas frestas da choupana,
e no nosso ninho, deita o seu luar lascivo,
beijando nossos corpos nus,
como parceira experiente,
num ménage à trois.
domingo, 13 de março de 2011
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
O sol pinta de dourado
nuvens brancas
que enfeitam o céu azul
e grava na memória do viajante a
silhueta da vela do barquinho que se atrasou.
Não queria deixar aquela imagem,
para se eternizar ao lado
do feixe de luz
brilhando no espelho d'água,
onde a brisa refresca a noite
e brinca de fazer marola.
Todo o cenário pinturesco se observa
quando a estrela vai descansar,
deitando atrás das águas
na linda cidade
São José do Rio Preto.
VEM QUE EU QUERO
VEM QUE EU QUERO
Vem que eu quero, novamente,
encher os meus olhos com a tua imagem.
Vem que eu quero, audaciosamente,
encher as minhas mãos com os teus seios.
Vem que eu quero, cobiçosamente,
encher a tua boca com meus beijos.
Vem que eu quero, vagarosamente,
explorar a tua escultura e,
pelo teu corpo, despudoradamente,
extravasar o meu desejo.
Vem que eu quero, livremente,
de mãos dadas, pelos pensamentos afora,
encher de balõezinhos
os quadrinhos da tua história.
sexta-feira, 4 de março de 2011
P VERSUS V
P VERSUS V
Grandes garanhões,
representações do sexo forte.
Quantos troféus
ganhados na arena
redonda de motéis
em diversos embates
com elenco de mulheres gostosas
de vários biótipos e etnias.
Pobres moços
que entendem do metiê.
Cheios de júbilo,
ouvidos repletos de gemidos,
os dorsos riscados por garras felinas,
mensageiras de satisfações gozosas,
frisson e frêmito que culminam
em delirantes orgasmos fingidos.
Grandes garanhões,
representações do sexo forte.
Quantos troféus
ganhados na arena
redonda de motéis
em diversos embates
com elenco de mulheres gostosas
de vários biótipos e etnias.
Pobres moços
que entendem do metiê.
Cheios de júbilo,
ouvidos repletos de gemidos,
os dorsos riscados por garras felinas,
mensageiras de satisfações gozosas,
frisson e frêmito que culminam
em delirantes orgasmos fingidos.
EXTRINSECO
EXTRÍNSECO
Fiquei flutuando entre o real e o virtual,
entre o lunático e o sorumbático,
entre o terráqueo e o galáctico.
Na infeliz incompetência
entre o querer e o poder,
fiquei na dúvida
entre o veneno e o remédio,
entre o rígido e o eclético,
entre o saudável e o psicossomático,
até me dar conta do impalpável,
pelo caráter volátil
do pensamento errante.
Fiquei flutuando entre o real e o virtual,
entre o lunático e o sorumbático,
entre o terráqueo e o galáctico.
Na infeliz incompetência
entre o querer e o poder,
fiquei na dúvida
entre o veneno e o remédio,
entre o rígido e o eclético,
entre o saudável e o psicossomático,
até me dar conta do impalpável,
pelo caráter volátil
do pensamento errante.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
UMA LUZ
maio era o mês,
há mais de vinte anos atrás,
terça-feira ensolarada,
tarde clara, o céu colorido de azul-claro cintilante.
Nas terras do interior paulistano
cruzaram os braços tisnados e cansados
os cortadores de cana.
Também pararam a lida
os catadores de laranja.
Queriam um pagamento melhor,
trabalhadores procurando uma luz.
Caiu, entretanto, longe do campo,aqui, tão distante, como meteoro,
elemento do espaço, em feixe luzente,
de beleza emocionante,
iluminando em privilégio outros anseios
e evoluiu num brilhantismo fulgurante.
MAGIA
MAGIA
Uma lufada perfumada de brisa,
depositou sobre meu travesseiro
o recado de uma estrela,
escrito com as cores do arco-íris
numa pétala de minha flor preferida.
Toda essa magia
foi pra dizer que o encanto acabou.
Uma lufada perfumada de brisa,
depositou sobre meu travesseiro
o recado de uma estrela,
escrito com as cores do arco-íris
numa pétala de minha flor preferida.
Toda essa magia
foi pra dizer que o encanto acabou.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
TODA ESSA FALTA DE...
TODA ESSA FALTA DE...
Toda essa falta de juízo
e espírito aventureiro
encontra incentivo
nas mentiras de narciso,
fazendo acreditar nas imagens invertidas
que o espelho insiste em mostrar.
Toda essa falta de nexo
deixa indignado e perplexo,
quem acredita que o substrato
não é pra se entender
e não tem que convencer.
Toda essa falta de jeito,
aliada ao preconceito,
fez o laço enfraquecer
em seguida se romper.
E tudo que prometia,
acabou por deixar de viver.
BELEZA
BELEZA
Preocupa a imagem
que o espelho lhe mostra e
sofre com defeitos que só ela vê,
no corpo perfeito de linda mulher.
Faz amor à meia luz
ou no escurinho feito breu.
Teimosa angústia independe da beleza real.
A imagem vendida do corpo bonito
sexy, nu e livre;
que beleza ajuda a fazer sucesso e ser feliz,
traz dissabor, infelicidade e sofrimento
a quem pensa que não é assim.
Preocupa a imagem
que o espelho lhe mostra e
sofre com defeitos que só ela vê,
no corpo perfeito de linda mulher.
Faz amor à meia luz
ou no escurinho feito breu.
Teimosa angústia independe da beleza real.
A imagem vendida do corpo bonito
sexy, nu e livre;
que beleza ajuda a fazer sucesso e ser feliz,
traz dissabor, infelicidade e sofrimento
a quem pensa que não é assim.
domingo, 16 de janeiro de 2011
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