terça-feira, 21 de junho de 2011

AONDE ESTOU?


AONDE ESTOU?

Oi, querida!
Sim, eu quero
realizar o teu desejo
e entregar o meu corpo ao teu.
Receber a tua boca
que a minha quer saber.

Oi, querida!
A distância não me impede
de sentir teu corpo aqui,
ao alcance dos meus toques,
do carinho das minhas mãos,
para satisfazer a tentação.

Oi, Querida!
Eu também quero.
Vem pra mim
desse jeito,
como eu quero ter
e o teu gosto conhecer.

Oi, querida!
Também não gosto desse jeito.
Quero te possuir inteira,
em qualquer lugar,de qualquer maneira.

Oi, querida!
Como é bom ficar assim.
Ouvindo-te murmurar e gemer
em arroubos de prazer.

Oi, querida!
O tempo para
se me prendes em tuas garras,
se me aqueces em teus seios
e me alimentas do teu néctar.

Querida,
sinto sim, teu corpo vibrar,
estremecer,
tua boca procurar
e todo o meu desejo encontrar.

Oi, querida!
Venha, em plena entrega.
Junta teu tesão com o meu,
para numa explosão de prazer
a união perfeita acontecer.

Minha querida,
Estou dentro de ti.

OS MEIOS

OS MEIOS

Os meios
justificam
os fins.
Por isso,
nem sei
se você
tirou
o chapéu
ou continuou
com
os sapatos.
Melhor,
nem sei,
é certo,
se você
estava
usando
chapéu
ou
se
estava
descalça.
Naquele
momento
não
estava
preocupado
com
a
periferia.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

FORRÓ DANADO DI BÃO


FORRÓ DANADO DI BÃO
Naquele dia que nos fomo festejá
pra modi comemorá o São joão.
Aquela muié bunita quinem a santa
mi arrastô toda afoita pro meio do arraiá.
Deixei um par de vala lá no chão
qui não era pra modi plantá semente não,
foi meus dois pé dos sapato que riscaro assim a terra.
Eu, fingia qui num quiria,
mas impurrava o corpo im frente
prela num disistí i mi deixá quinem bobão.
Meu coração estava aos pulo,
mas acho qui era pra modi dá conta da emoção.
Tirava o chapéu da cabeça
pra ocupá a minha mão,
mas botava lá dinovo
e a otra logo tamem pegava ele, pra num ficá vazia não.
Quando os meus braço incabuladu
si inchero de valentia
e abraçaro todo aquele corpão,
num quiria era largá mais não.
Nem ouvia as música acabá,
tava lá garrado quinem erva di passarim.
Pelos pulo qui ela dava,
eu pensava qui era seu jeitin di varsá,
mas ela tava mais é saino fora
dos meu pisão no seu dedão.
Até qui a moça rependida do seu feito,
foi logo dano o seu jeito
di mi trocá por outro cabra,
na esperança di continuá na distração.

O ARTISTA


O ARTISTA


Meu belo corpo nu
cintila como o brilho da pérola,
com sincero impudor.
Minhas formas graciosas
e provocantes
entram pelos seus olhos
e, pelas suas mãos,
são insculpidas na tela branca.
Quiçá fique minha imagem
gravada ,também, na sua lembrança,
para visitar a sua solidão,
esperança do meu desejo contido.