domingo, 12 de fevereiro de 2012

EM DEVANEIO


EM DEVANEIO

Corro durante o dia na direção do sol
para receber os abraços da tua imaginação.
Quando chego a lugar nenhum
já é noite e encontro a lua,
nua, solitária, deitada na imensidão do pensamento.
Esperando o calor carregado pelos sonhos
de todo o anseio do meu amor,
evolui na mente o encontro celeste e
acaricio com minhas mãos de nuvens
o teu corpo violão, sua pele em minha imaginação.
Os gemidos sussurrados das tuas cordas
chegam aos meus sentidos pelo calor da boca
que beija os meus devaneios,
atiçam-me o desejo, embalam a fantasia,
caminho para a construção dos meus versos,
carícias que embalam o teu amor que aqui se  concretiza.
São tuas as minhas mãos exploradoras,
e vem em vulcão o orgasmo,  plena satisfação.

BOA NOITE LUA!


BOA NOITE LUA!

 
Você voltou, enfim!
Por que a ausência tão longa? Por veneta?
Deixar de vê-la linda desse jeito foi tão ruim!
Marca logo, de novo, na cama, minha silhueta.

Se eu abria, ansioso, a minha janela
e você, minha rainha da noite,
não entrava, graciosa, por ela,
a solidão me abatia em sofrido açoite.

Desculpe o que eu fiz.
Nem sei o que foi, mas, enfim,
faça-me bem feliz.
Não me deixes mais, assim.