domingo, 16 de agosto de 2009

O PODER DA POESIA



PODER DA POESIA


A poesia me torna onipotente.
Eu posso voar,
em um segundo estou do outro lado do mundo.
Visito as estrelas de todas as galáxias,
faço tudo que eu quero,
é a ti que eu quero.
Te abraço, te beijo, te exploro,
invado o teu mundo.
De repente, a realidade,
eu estou viajando.

ENCANTO


ENCANTO


No entrocamento da forquilha,
no ápice de uma bela árvore
cujo nome, eu acho, é lanterneira,
que enfeita uma pousada em Friburgo,
um passarinho fez um ninho
que oscilava com o vento.
Da pequena ave eu não sei o nome
mas conheci muito bem o seu lindo trinado,
pois insistia em gorjear graciosamente para mim.
E, assim, diariamente me encantava,
de manhãzinha quando ouvia que me chamava
abria a janela para retribuir o bom dia,
cujo sol ainda frio trazia.
E ela, lá do altoentoava o seu canto
que, como encanto,
enchia o meu peito de alegria.

sábado, 1 de agosto de 2009

SEM INSPIRAÇÃO




SEM INSPIRAÇÃO


As letras que caem no chão,
guardo-as, porque
podem formar palavras
que posso usar em outra ocasião.
Aquelas letras que eu retirei
ou substituí de alguns poemas,
porque não eram as melhores,
em certo momento,
eu também posso juntar com outras
que guardei na memória,
porque preferi não escrever,
por revelarem o que eu queria esconder.
Eu as uso quando me falta a inspiração como agora.
Eu só não posso aproveitar aquelas letras
que se juntaram em pensamentos,
que eu deixei escapar ou
que fugiram quando perdi a concentração,
ou aquelas que por acaso proferi,
sem pensar quando estava fora de mim.

MEU AMOR É CEGO



MEU AMOR É CEGO

Meu amor é cego
eu posso amá-la
mas não posso vê-la.
Pobre amor,
posso amá-la,
mas não posso tê-la.