terça-feira, 19 de julho de 2011

OBJETO DE DESEJO

OBJETO DE DESEJO

Eu sei.
eu sei?
Não sei!
Não duvido que queira
a minha boca.
Meus lábios também querem
ser devorados.
Uma só,
querendo se entregar,
ser explorada.
Um homem experiente,
para marcar a sua fêmea
escolhida, decidida, atrevida.
Ficará para sempre
acariciando
todo o meu corpo,
e o meu eu,
colada,
enlaçada,
contemplada,
esperando, molhada,
eriçada, desejada,
bem amada,
completamente conquistada,
protegendo o que lhe pertence,
assim como eu, também,
sonhando, quase delirando.
Morre de desejo
de da minha fazer presa,
sorrateira,
da sua boca,
perseguida,
querendo ser beijada.

Um só,
desejando se entregar,
ser explorado.
Mulher competente,
para prender o seu macho
escolhido, seduzido, assumido.
que ficará para sempre
enredado pelo
instrumento do meu prazer
no meu corpo,
e no meu eu.
Esgotar
a minha libido,
acariciado,
envolvido,
consumido,
retribuindo,
dissoluto,
regalado,
completamente realizado,
eu desejo.

BEIJO NA BOCA


BEIJO NA BOCA

Receber um bom dia
com beijo na boca
é a glória.
Tudo que preciso
para encher o meu peito
de energia e alegria.
A sua ação flamifervente
me instiga viver o dia
e mais assanha se ela me dá
e demonstra sentir a retribuição
com o mesmo valor e emoção.
É o êxtase, plena satisfação.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

NA GAIOLA


NA GAIOLA

Pobre canarinho!
Prisioneiro no pequeno recinto,
na gaiola se balançando.
Sempre amanhece cantando,
respeitando o seu instinto.
Garboso, enche o peito
e entoa o seu canto.
Pobre canarinho!
Quem sabe, canta um melancólico lamento?
Mas faz isso sempre, não tem jeito.
Na angústia da sua solidão,
seu canto fica cada vez mais triste.
Pobre canarinho!
Apesar de tudo, não desiste.
É antagônico o meu prazer de ouvir cantar
a linda melodia de seu coraçãozinho triste,
chamando uma resposta que jamais vai encontrar.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

BRASILEIRINHOS


BRASILEIRINHOS

É...
Futuros brasileirinhos,
querem saber?
Não mostrem suas caras,
apesar da sugestão do poeta Cazuza.
Viver está difícil neste país!
A luz a que serão dados
já não tem tanto brilho,
onde se leva a vida por um fio
ou,
onde se leva a vida por vários fios.
É...
Futuros fantoches verde e amarelo.