sábado, 18 de abril de 2015

O CANTO DA SEREIA






O CANTO DA SEREIA

Hoje a lua desenha lá no cais
a silhueta comprida da pedra vazia,
na falta da menina linda e querida
que antes enfeitava aquele lugar.
Eu fico na companhia das estrelas,
ouvindo o som do meu coração
enamorado, entristecido e solitário
e o assovio lamentoso e frio do vento.
As imagens do amor desfilando
num cenário pintado tão bonito
pelo cineminha da minha cabeça,
alimentam o sofrimento
que irriga os meus olhos
por almejar tanto e tanto
quem, como uma sereia,
me conquistou pela beleza
e me seduziu com o seu canto.

BOLHAS DE SABÃO






BOLHAS DE SABÃO

Muitas bolhas de sabão
eu soprei na sua direção:
uma cheia de carinho
atingiu os seus cabelos
como se fosse a minha mão.
Outra era um sorriso
carregado de alegria
para animar o seu dia.
Uma bem sugestiva,
armada de sedução,
isca do meu desejo,
para chamar a sua atenção.
Outra nos seus lábios,
um beijinho bem roubado.
Desfilaram junto ao seu rosto,
meus olhos refletidos nos seus,
a esperança e suspiros,
galanteios, muitos sorrisos,
beijos, beijos, beijos doces,
coloridos e de todos os tipos,
esperando acontecer.
Mas aquela especial,
carregada de amor,
estourou em seu peito,
bem pertinho do coração.