domingo, 16 de setembro de 2012

O PEQUENO CAÇADOR




Jovem caçador de perdizes
O que você me diz?
Apesar de tudo
Dessa sua simplicidade
Vivendo desse jeito
Como o ambiente lhe impõe
Não pensou, talvez
Ah!  Pequeninos!
Eu bem sei
Em todos os cantos
Na imensidão desse nosso mundo
Trazem sempre no peito
Uma grande esperança
De serem como crianças
Vivendo sempre à caça
Do que lhes é mais importante
Saciar a fome do corpo
E buscar receber o afeto
No seio da família
Embaixo do seu teto
Ao aconchego dos seus


 Texto publicado no cenário AS LETRAS DA PINTURA  nº 2 organizado pelo Grupo ecos e Poesia
sobre a  obra  "The Little Hunter"_ Analua Zoé
http://ecosdapoesia.net/letras/analua_zoe/analua_zoe.htm

AVEC NOSTALGIE




Por onde andará
a menina do porto,
cujo passeio divino à beira do cais
enche de saudade
o peito deste barqueiro.
Procuro sempre por ela,
com meus olhos sonhadores,
ansiosos pela bela figura
pintada de branco
na aquarela colorida
pela minha imaginação,
almejando tê-la de vez
espetada no meu corpo,
como uma flor.
Querendo-a gravada em minha pele,
marcada como uma tatuagem,
em êxtase, colada em mim.
Senti-la assim como uma boca faminta
sugando o meu amor.
Bela e nua,
não de todo,
vestida apenas com um pendente
desenhado com as iniciais entrelaçadas,
dela e deste seu marujo.
Dançando ao movimento apressado
do seu peito delicado,
ainda vou tê-la, sim,
sem os artifícios dos devaneios.
Navegando, enfim,
sempre bem juntinho de mim.