domingo, 7 de dezembro de 2014

UM AMOR INCOMUM





UM AMOR INCOMUM
A bela flor coloria a sua vida
e lhe oferecia todos os motivos perfumados
para preencher o seu peito de alegria
e descarregar todo o seu delírio
cantado junto ao leito do rio.
Mas aquela que lhe dava significado
e lhe oferecia tanto amor quanto recebia,
desiludida por viver um amor incomum,
incoerente, talvez sem solução,
mas que lhe dominava o coração,
entrefechou-lhe as pétalas
para esconder dele  o gineceu.
A tristeza abateu o pássaro azul,
fez emudecer o seu bonito trinado
e tornou-o infeliz , desconsolado,
sem saber como esquecer
a sua linda flor do cerrado.
Apesar de toda a provável
e amarga impossibilidade,
sentia-se muito feliz
e em encantamento,
pela dádiva de amá-la
e por saber, simplesmente,
que também era, apesar de tudo,
muito amado por ela.

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